Quando foi instituída a regulamentação para a GD em 2012 pela ANEEL, a intenção era incentivar os próprios consumidores a aproveitar os recursos tecnológicos que começavam a surgir para que eles mesmos pudessem aproveitar as fontes renováveis de energia disponíveis, mais especificamente a solar, para produzir sua própria energia elétrica.
Desde de então nunca tivemos um cenário tão favorável e propício para se ingressar no seleto grupo dos autogeradores de energia elétrica, como estamos vivendo nos dias de hoje. São fatores tais como:
– A discussão do PL 5829/19 que cria o marco regulatório da Geração Distribuída
deve tirar alguns dos chamados “subsídios” para a geração solar, como por exemplo o tempo de transição para a cobrança da tarifa “fio” de 10 para 8 anos, porém mantém para aqueles já ingressantes, em 25 anos;
– A pressão por aumento da tarifa devido a escassez de chuva
que é a maior em décadas e deve pôr em vigor as bandeiras tarifárias vermelha 1 e 2, além da cobrança extra que virá devido ao acionamento das termelétricas;
– O câmbio favorável neste momento.
Como os principais equipamentos são importados, o dólar baixo reduz o custo do sistema FV.
– Os equipamentos, e principalmente os painéis fotovoltaicos já chegaram a níveis de preços internacionais bastante reduzidos
devido a produção em larga escala que já alcançaram, e dificilmente devem cair mais, pois já há uma pressão de alta devido a escassez de alguns de seus importantes insumos;
– Disponibilidade de mão-de-obra para a instalação
que deverá ficar escassa quando da chegada da tão esperada retomada da economia com o fim da pandemia.
– Responsabilidade com ações sustentáveis.
A melhor forma para o Brasil enfrentar essa crise hídrica que vem piorando a cada ano é dar melhor aproveitamento a água dos reservatórios, e podemos fazer isso por exemplo produzindo nossa própria energia elétrica. Cada um que fizer isso vai evitar que a água tenha que passar pelas turbinas, tirando do reservatório uma água tão preciosa que poderia ser utilizada numa atividade mais nobre como o consumo humano ou na agricultura.